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sábado, 2 de março de 2013

Cidadania virtual como meio para a cidadania real acontecer


O perigo da banalização e o entrave da participação real

Em recente ação originariamente criada por cidadão comum, que em pouco tempo conseguiu espalhar pela  internet uma petição eletrônica pugnando pela renuncia de Calheiros, o fato deve ser de muita comemoração e esperanças em que o brasileiro pode verdadeiramente assumir a condição de protagonista na sua cidadania.

A petição ganha ‘status’ respeitável no alto de suas mais de 1,5 milhões de pessoas que a subscreveram, mas a participação da ampla maioria acaba ali.

Entretanto, nos atos subseqüentes, quando foram mobilizados em todo o Brasil (e no exterior) os brasileiros não compareceram com o volume obtido no campo virtual, mesmo assim, a articulação nacional  empregada e as manifestações detectadas em vários pontos do país, dão conta  de que não basta apenas reclamar, é necessário assumir as responsabilidades de cidadão.

Hoje há petições virtuais para todos os gostos, começando uma perigosa cultura sedentária e cômoda, sobretudo na juventude, não se pode banalizar para que esses mecanismos não caiam em desuso e sem efetivamente alcançar a sua finalidade. É preciso combater o individualismo incutido ao longo do tempo na sociedade brasileira, em formando um povo dócil, criado para afastar mobilizações e atitudes que possam transformar uma realidade.

As transformações sociais e políticas passam pela participação real, onde as pessoas, de forma física, completam o exercício na cidadania, esta deve ser a finalidade.

A internet deve ser instrumento, e entidades ligadas ao combate a corrupção precisam urgentemente criar condições para que os milhares de internautas dos quais assinam petições on line, por exemplo, interajam em fóruns, recebendo notícias e convites em suas caixas de e mails, provocando o debate a consequentemente a participação. A OnG que é responsável pelo site de petições on line, por exemplo, poderia participar, gerenciando os milhões de endereços das pessoas que peticionam virtualmente e alimentando este sistema.

Logo, começamos instigando a participação real, talvez não em mobilizações de atos contra alguém ou algo, podemos ir além, o processo de transformação pode começar na simplicidade de dialogar o papel da cidadania e a importância da participação física, assim, novamente, sem depender de instituições, organismos (que podem ser articuladores do processo mas não donos dele) e a população, começaremos  uma revolução cultural e de postura.

A cidadania virtual é instrumento, dá uma dinâmica incrível para determinadas ações em rede, mas ela só é meio, será na cidadania real que teremos condições de assumirmos a condução na mudança de realidade.

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