Em
entrevista a Folha de S.Paulo/UOL, a ex-senadora revelou que o bom da ideia da
Rede é que ela é muito maior do que as fronteiras que um partido possa
estabelecer. “Existem pessoas que estão na Rede que nem estão no possível
partido que criaremos. Então, nós vamos manter coerência com esse legado. Não
vai haver nenhum tipo de atropelo ou atropelamento dos ideias para viabilizar
uma candidatura de forma incoerente com essa história e com essa trajetória.
Temos alguns partidos que até se dispuseram ao diálogo conosco. Propuseram uma
espécie de fusão” disse. Marina
Silva mencionava o PPS, Partido Popular
Socialista, que tem muita identificação com o programa criado pela Rede, como a
própria maneira de se interrelacionar com sua militância e a renovação para as
reformas estruturantes do Brasil, falou que os socialistas estão num movimento, também, de transformação, de
reavaliação. “Acho
louvável o esforço que está sendo feito no PPS. Temos um diálogo de
proximidade, mas a nossa escolha foi por termos um instrumento político; E,
claro, quando chegar o momento, quando essa situação se colocar, se se colocar,
porque se Deus quiser e os brasileiros, nós haveremos de estar aptos para fazer
a nossa escolha. Porque mesmo estando aptos, ainda vamos ter que tomar a
decisão sobre candidaturas em 2014”, salientou.
Santa Catarina
A
aproximação com o Movimento Nova Política teve início no primeiro momento da
sua criação, reunindo pessoas oriundas do Partido Verde e com participação de
lideranças do PPS, com o objetivo de dialogarem sobre a necessária ruptura do
sistema político imposto ao estado e trocarem experiências quanto aos programas
defendidas.
A
coordenação coletiva foi feita por Mauro Beal, Alisson Luiz Micoski, dentre
outros, que começaram a se reunir no Auditório da Associação Catarinense de
Imprensa.
Já
nas eleições do ano passado, Marina Silva apoiou algumas candidaturas a
vereador em Santa Catarina, sendo que em Florianópolis, Marina Silva apoiou a
candidatura do vice-presidente do PPS/SC, Luciano Formhighieri, que disputou
uma cadeira na Câmara Municipal. Esta aproximação condiz com a estratégia
adotada pela Rede e por setores dentro do próprio PPS e que apoiam a criação
deste novo Partido que abriga a ex-senadora.
Formighieri, que também faz parte do Diretório Nacional do PPS, sintetizou em nota o espírito do grupo dentro do PPS que está participando
do Movimento Nova Política e agora assume participação na busca das assinaturas
para a viabilidade legal da Rede.
“O
problema do Brasil não são os pequenos partidos, ou a existência de um novo
Partido, este argumento que muitos dos pequenos servem de legendas de aluguel é
majoritariamente falso! Legendas de aluguel são aquelas que rasgam
cotidianamente seus programas partidários (quando os tem) em nome da
permanência ou entrada nas benesses do Poder. Neste caso os maiores escândalos
de corrupção quem tem sido protagonistas são os maiores partidos (afinal Renan
e Sarney são do PMDB, Maluf do PP, Zé Dirceu e Genoíno do PT, assim por
diante).
Pela
nossa concepção radicalmente democrática apoiamos a criação do Partido a partir
do Movimento Nova Política, movimento este que é amplo e plural e com certeza
não será composto por membros apenas do partido que será capitaneado pela
liderança da Marina Silva”, diz parte da nota.
Alisson
Luiz Micoski, que vem participando desde o começo da instalação do Coletivo
Catarinense Nova Política, defende que o
PPS de Santa Catarina precisa começar um profundo debate interno, e amadurecer
a saída desta limitação, desta dicotomia, empregadas nas composições no estado,
por isso é imprescindível a participação de um Partido que tenha proximidade
programática e alguns objetivos comuns, podendo até convergir desde uma aliança
em um programa para Santa Catarina, e se materializa em alianças para disputas
em eleições, até quem sabe numa fusão futuramente, “Estamos tentando ter uma
visão estratégica e planejada quanto a condução deste processo que é legítimo e
democrático a aqueles que querem fundar essa sigla, que detém bases
significativas no seu programa e não apenas uma legenda com a finalidade de
acompanhar o poder com quem este estiver. A Rede tem muito da ideia que
defendemos nas discussões e até em propostas aprovadas nas instâncias do
Partido, no ultimo Congresso Nacional por exemplo, aprovamos a criação da
#Rede23, de essência similar a esta proposta surgida pelo Partido que tem a
frente a ex-senadora Marina Silva, e estaremos prontos, caso surja este
momento, para construirmos um processo em comum com os ‘rendeiros’ (termo
utilizado as pessoas que estarão se filiando a Rede sustentabilidade”, resume o
filiado ao PPS.
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