Meu compromisso é com Santa Catarina

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sábado, 16 de novembro de 2013

Conceito para a participação popular na metropolização da Grande Florianópolis

É preciso que a sociedade regional amplie para um novo tipo de atuação, não restrito apenas a opinar, criticar, pressionar e eleger representantes. Ela precisa continuar se organizando no campo econômico, produzindo bens e serviços, e o governo (estadual e municipal) deve liderar a gestão coletiva regional, sem, no entanto, monopolizá-la – isto pressupõe a instauração de novas modalidades do exercício do poder, para além das formas tradicionais da administração e do comportamento das lideranças locais. Em todos os âmbitos da vida cidadã, podem ser criadas novas oportunidades de cooperação público- privada e de legitima participação social.

Para alcançar um projeto político de cidadania mais amplo e permanente no contexto metropolitano, promovendo o renascimento do espaço público, o ponto chave será a formulação de um novo contrato de cidadania, no qual o poder público deve ter um caráter de articulador entre as exigências da comunidade e a oferta pública de serviços, ao invés de se colocar como o único responsável pela oferta de serviços públicos. Ele deve auxiliar os cidadãos a terem acesso aos recursos humanos, materiais e de conhecimento que atenderão as suas necessidades e estes, por sua vez, tem que reconhecer suas obrigações para com a comunidade regional.

Trabalhar com o conceito de governo facilitador não significa a renúncia do poder público em liderar a sociedade no processo de participação, definição, acompanhamento, execução e avaliação, pelos cidadãos, das indispensáveis políticas públicas. Por isso é importante, também, introduzir o conceito de proteção que reconhece a obrigação dos governos em cuidar e proteger os cidadãos.

Este papel é completamente incompatível com a arquitetura tradicional de governo, marcada pela centralização administrativa e especialização funcional e pelo controle de processo, pois ele passa a interagir com uma ampla variedade de agentes locais – ONGs, associações voluntárias e de representação, entidades sem fins lucrativos, empresas socialmente responsáveis, entre muitas outras. Suas atividades passam a ser pautadas por metas e indicadores e periodicamente avaliadas pelos seus parceiros, que também se investem da condição de cidadãos gestores, num pacto de corresponsabilidade.

É preciso concretizar planejamento administrativo que possa ultrapassar estrategicamente o limite de um mandato de quatro anos e o processo de metropolização que procuramos construir a partir dos municípios deve estar sustentado na cooperação entre o poder público, as entidades sociais, a iniciativa privada, o terceiro setor, outras formas de organização e individualidades, no sentido de somar recursos humanos e materiais desses setores e fazê-los presentes em orçamentos que não só representem esta parceria, mas que indiquem a responsabilidade de cada um no esforço por saldar a dívida regional. O desafio maior está na formulação e implementação política sem cair na manipulação, no populismo e no clientelismo, tão próprios da nossa cultura política.

O Poder público precisa atuar e defender no fortalecimento de todas as organizações autônomas da comunidade; estimulando a constituição de instâncias transversais e intermunicipais e trabalhar na perspectiva de atender e incluir os desorganizados, com o objetivo de que eles possam construir suas estratégias de intervenção local e no conjunto dos municípios.
 
Representantes do COMDES com o Secretario de Estado da Casa Civil

Canais de participação popular e autônomos do Poder Público.

Este processo deve exigir o aumento da consciência da cidadania e uma maior participação na decisão de seus próprios destinos. Da mesma forma, impõe a ampliação de espaços de poder, combinando o aspecto de democracia representativa com a democracia direta e incorporando as organizações sociais e os cidadãos no processo decisório, de modo a tornar as esferas metropolitanas em um ator social que se expresse por meio da articulação da administração pública com a sociedade.

Esses conselhos são chamados conselhos populares visto que são formados apenas por pessoas da sociedade civil, que não têm vínculo com a administração e, a sua principal característica é a de serem autônomos, não sendo subordinados à administração pública.

Como esses conselhos são autônomos, podem perfeitamente exercer com maior imparcialidade o acompanhamento da fiscalização das ações do poder público.

Através desses conselhos é possível o exercício da cidadania, visto que a população pode participar de assuntos de interesse coletivo da comunidade onde está inserido. A cidade de Porto Alegre já permite em sua Lei orgânica a implantação desse tipo de conselho municipal autônomo, que devem ser reconhecidos pelo Poder Público.

(LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE
Dos Conselhos Populares

Art. 102 – O Poder Público reconhecerá a existência de conselhos populares regionais, autônomos, não subordinados à administração municipal.

Parágrafo único – Os conselhos populares são instâncias regionais de discussão e elaboração de políticas municipais, formados a partir de entidades representativas de todos os segmentos sociais da região).

A obrigação de reconhecer é do poder público. E no caso do não reconhecimento, é possível a fiscalização das ações do poder público vez que, de acordo com a Constituição de 1988 todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de interesse particular, coletivo ou geral.

A combinação destes elementos  informa a natureza de uma Governança Metropolitana e eles são a moldura do empoderamento social, em que as populações beneficiadas participam de cada etapa de implementação e execução de projetos, programas e ações. Enfim, o empoderamento significa a emergência de um cidadão-gestor que se diferencia do cidadão que participa das instâncias de democracia participativas existentes porque controla as diretrizes governamentais, gera e monitora políticas, combina demandas com planejamento e desenvolvimento de médios e longos prazos e promove a articulação de vários territórios, no caso, a região metropolitana da Grande Florianópolis.


É preciso ressaltar que estamos tratando de um novo jeito de governar – uma nova governança – em que o público passa a ser expressão real e concreta da sociedade organizada e não apenas do Estado, portanto, uma grande inovação a ser buscada por todos os atores envolvidos.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A metropolização da Grande Florianópolis

A importância Metropolitana para os municípios que integram a região da Grande Florianópolis deve ser pauta principal para uma maior articulação política das diversas esferas (Câmaras de Vereadores, Prefeituras e Governo do Estado). 


A chamada metropolização vem se configurando como uma tendência de organização do espaço, seja enquanto fenômeno socioespacial, seja como fenômeno político-instituc...ional, o que se reflete no aumento da importância para que a Grande Florianópolis sirva como modelo ao estado e assim os ajustes necessários venham a ocorrer ao longo de sua implementação.

Representantes da sociedade civil e reúnem com Secretário de Estado para discutirem PL
que criará fundo  da Região Metropolitana 

A sociedade civil vem participando ativamente deste debate, mas é preciso uma maior articulação na esfera política, até porquê o Projeto de Lei que será construído pelo Governo do Estado vai desembocar na Assembleia Legislativa de Santa Catarina - Alesc, e aí o trabalho será redobrado.

O Comdes certamente é um dos principais protagonistas quando se trata deste tema, evidente, é preciso amplia-lo com outros setores organizados, e mobilizar-se, porque sem organização e diálogo a realidade na metropolização ficará mais distante. 

Hoje, é preciso finalizar o modelo a ser adotado para gerir do fundo que será criado, por parte do Conselho Metropolitano a defesa é que seja criada uma Autarquia, e sua administração constitua-se paritariamente de representantes dos governos locais, do estado e da sociedade civil organizada.

A Metropolização da Grande Florianópolis passa necessariamente por uma mudança no papel de participação da sociedade civil organizada e entes públicos, pois ela será esteio neste marco de respeito, tolerância e colaboração mútua entre si. 


As entidades organizadas tem na sociedade o terreno privilegiado da ação política, o lugar onde se formam conhecimentos, consciências, representações, assim como as diretrizes, as vontades e os meios politico-administrativos para a condução do município, do estado e do pais. E que poderão constituir num vetor para concretizar condições de trabalho que não dependa-se tão somente do Estado em qualquer dos seus níveis.


O desafio é grande, pois do ponto de vista cultural, há entraves a serem vencidos, entretanto, é inegável que os avanços estão construindo um importante entendimento dos diversos atores diretamente envolvidos neste processo.

sábado, 2 de novembro de 2013

Desaparece Ademir Klein

Na Quinta-Feira, (1o. de Novembro) mais um camarada do PCB desapareceu, o ex-sindicalista  Ademir Klein nao resistiu as complicações causadas por um derrame.


Ademir Klein com sua netinha

Ademir Klein
Ademir nasceu em Criciúma e foi um dos primeiros associados e presidente da entidade de 1980 a 1983 nos chamados "anos de chumbo da ditadura militar". Em 1978 e 1979 sua liderança se destacou na greve da categoria projetando ao comando do sindicato. Conforme sua entrevista para o livro que conta a história dos 50 anos do Sindicato, “O Operário e o Padre”, publicado em 2012, era um período vivo, onde a criatividade e discussão política predominavam no movimento sindical.

“Havia poucos associados, mas  eles  tinham um forte sentimento operário”, disse. O ex-presidente foi o criador o jornal Zé Ferreiro, informativo interno em circulação até os dias de hoje. O tesoureiro e ex-presidente do Sinmetal, Oderi Gomes, lamentou essa partida reiterando que o  ex-presidente deixou sua marca na história na entidade.


“Tivemos oportunidade de homenageá-lo no lançamento da obra sobre o sindicato em maio do ano passado. Foi um grande líder”, pondera.

Legado
Lamento o desaparecimento do grande camarada, que lutou contra os anos de ditadura e perseguição aos contrários do Regime.

Seu legado, assim como muitos outros, não pode desaparecer com seu falecimento, é preciso que  mantenhamos em nossa história  a chama viva de tantos camaradas os quais colaboraram para o reestabelecimento da democracia, as lutas por uma sociedade mais igualitária e a necessária transformação na cultura política e de cidadania no país.

Como homenagem ao seu legado,, transcrevo último texto de sua altoria, publicado no Blog Repensar, ali o velho comunista ainda ressalta que no próximo artigo falaria do 
sindicato como vetor da melhoria das condições de vida e de trabalho dos operários.

Certamente esta continuação ficará para um futuro quando estivermos dialogando sobre o papel do novo sindicalismo...



segunda-feira, 23 de setembro de 2013


Primórdios do Sindicalismo
Sendo o trabalho o instrumento de sobrevivência das pessoas; como se diz na gíria popular o “ganha pão” é também na teoria de Karl Marx a “Mais Valia” para aqueles que detêm os meios de produção. No conceito moderno a mais valia transformou-se em “agregação de valor”, ambos, mais valia e agregação de valor, nada mais são do que agregar trabalho a um produto qualquer.
Quanto mais trabalho mais valor, ou mais valia. 
(ver texto completo clique AQUI)



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Novembro Azul

A Campanha Novembro Azul tem como foco o combate ao câncer de próstata, para conscientizar os homens nos aspectos da prevenção da doença, criado na Austrália, o Novembro Azul em 2003, o dia 17 de novembro passou a ser o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Prostata.

Em menos de 30 anos, a taxa de mortalidade nos homens brasileiros por câncer de próstata aumentou mais de 95% e é o segundo câncer mais comum entre os homens, sendo o primeiro o de pele não melanoma. Conforme o Ministério da Saúde são mais de 50 mil casos novos todo ano, com o número de mortes ultrapassando os 12 mil registros.