Meu compromisso é com Santa Catarina

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domingo, 28 de julho de 2013

O mapa das manifestações populares

Analisando pesquisa recente do IBOPE, encomendada pela CNI, a leitura é inequívoca, a população saiu as ruas para que efetivamente houvessem ações pontuais, pois o principal motivo que fez a população participar das manifestações é obter mais investimentos em saúde (apontado por 43% dos entrevistados). Outras razões seriam: contra a corrupção (35%), mais segurança pública (20%) e contra a inflação (16%).

De uma relação com 25 opções, os entrevistados selecionaram os três principais problemas do Brasil. Para a população brasileira, o principal problema é, de longe, a Saúde. Essa opção foi assinalada por 77% dos entrevistados. Na sequência têm-se, educação (com 39%), segurança pública/violência (38%), drogas (29%) e corrupção (27%). 

As estratégias e diálogos político partidários passam longe do anseio da população, isso é uma agenda eminentemente interna, mas insistentemente os Partidos tentam impor, mas o movimento forçosamente deve ser inverso, irem ao encontro destas demandas.

Mais de 30% da população desaprova completamente as respostas dos governos - federal, estadual e municipal, as reivindicações.

Reunião da presidente Dilma Rousseff com governadores e prefeitos de capitais do país

A avaliação da atuação dos governos e do Congresso em resposta às manifestações não foi positiva. Mais de 30% da população desaprova totalmente as ações dos três níveis de governo (presidente, governador e prefeito) e do Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputados).

Transformando a avaliação em uma escala de 0 a 10 (considerando apenas as respostas válidas), a presidente Dilma recebe a maior nota média: 4,0. A Câmara dos Deputados tem a pior nota: 2,8.

Oitenta e nove por cento dos brasileiros são a favor das manifestações populares que tomaram conta do país durante a Copa das Confederações. Embora 84% não tenham participado dos protestos, apenas 9% da população é contrária às manifestações.

“Quanto maior a idade do entrevistado, mais alto o percentual de marcações contrárias às manifestações. Entre os com 50 anos ou mais, 15% são contra”, diz a pesquisa. A posição contrária também é maior entre os com menor grau de instrução e com menor renda familiar. Entre os entrevistados com até a 4ª série do ensino fundamental, 17% disseram ser contrários às manifestações. Entre os que ganham até um salário mínimo, o percentual é de 16%.

A pesquisa revela também que 34% dos brasileiros pretendem participar caso haja novas manifestações. 

sábado, 27 de julho de 2013

"A mensagem de Francisco"

 "Entre a indiferença e o protesto violento, há uma opção possível: o diálogo"

Em discurso diante de líderes políticos, econômicos e culturais brasileiros, o papa Francisco afirmou neste sábado que entre a "indiferença egoísta e o protesto violento" sempre está a opção do diálogo, em alusão às várias manifestações das últimas semanas no País.

"Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, sempre há uma opção possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade", disse o pontífice.

Francisco insistiu que é necessário para enfrentar o presente, "o diálogo construtivo". E reiterou: "Hoje, ou se aposta na cultura do encontro, ou todos perdem; seguir o caminho correto torna o caminho fértil e seguro".

O papa assegurou que um país cresce "quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais: cultura popular, cultura universitária, cultura juvenil, cultura artística e tecnológica, cultura econômica e cultura familiar e cultura da mídia".

Francisco disse também que é fundamental a contribuição das grandes tradições religiosas à sociedade e lembrou que a convivência pacífica entre as diferentes religiões se vê beneficiada pela laicidade do Estado, "que, sem assumir como própria nenhuma posição confessional, respeita e avalia a presença do fator religioso na sociedade".


"Quando os líderes dos diferentes setores me pedem um conselho, minha resposta é sempre a mesma: diálogo, diálogo, diálogo". O papa se mostrou convencido de que o único modo de uma pessoa, uma família, uma sociedade, crescer, a única maneira de a vida dos povos avançarem, é a "cultura do encontro".

terça-feira, 23 de julho de 2013

quarta-feira, 17 de julho de 2013

#Rede Sustentabilidade – Vamos ajudar!



As florestas são o ecossistema mais rico em espécies animais e vegetais. A sua destruição causa erosão dos solos, degradação das áreas de bacias hidrográficas, perdas na vida animal (quando o seu o habitat é destruído, os animais morrem) e perda de biodiversidade.
Agora podemos perceber como o dia 17 de julho – Dia de Proteção às Florestas – é fundamental para que possamos lembrar da importância de conservarmos nossas florestas: aumentar a proteção, manter os múltiplos papéis e funções de todos os tipos de florestas, reabilitar o que está degradado. Isto é, preservar a vida no planeta.
Em termos de diversidade biológica, o Brasil tem uma situação ímpar no mundo. Calcula-se que cerca de um terço da biodiversidade mundial esteja em nosso país, em ecossistemas únicos como a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, os cerrados, áreas úmidas e ambientes marinhos, entre outros.
No dia em que comemoramos o dia a proteção as florestas, vamos fortalecer a construção da Rede Sustentabilidade.


Marina Silva está mobilizando pessoas para a criação de seu partido, a #rede. Para isto, é preciso obter quinhentas mil assinaturas em fichas de apoio para que seja aceito o registro de partido político.



Baixe a ficha nos seguintes formatos: PDF | DOC | ZIP

Modo de preencher:
  • O formulário vem com 3 fichas, mas basta preencher uma;
  • Use caneta;
  • Preencha todos os dados com cuidado e correção. O nome deve ser completo.
  • Os dados do título referem-se ao domicílio eleitoral, não ao local de nascimento. Portanto, se transferiu seu título, lembre-se de preencher com o nome da cidade em que vota;
  • Após preencher a ficha, envie-a para o endereço Caixa Postal 1551 – Centro – Florianópolis/SC – CEP 88010-970



Site da Rede em Santa Catarina clique  AQUI

IMPORTANTE
O fato de preencher esta ficha não significa que você está filiando, apenas dando o apoio para o registro do partido.

domingo, 14 de julho de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A ‘armadilha existencial’ de Maquiavel

Artigo de Francisco Ferraz*

É forçoso reconhecer que o Príncipe, e o pensamento político de Maquiavel, não apenas possuem vigência e atualidade no Brasil como, em todos os países e ao longo de todo este período de 500 anos.

Há, pois algo de radicalmente válido no pensamento de Maquiavel que lhe conferiu a capacidade de navegar ao longo do oceano dos séculos, sem jamais ser considerado obsoleto, historicamente condicionado e portanto, superado.

Talvez esse algo de radicalmente válido possa ser descrito como o comportamento humano em situações de ausência de normas regulando o comportamento dos cidadãos, ou de ambivalência, fragilidade e ilegitimidade das normas existentes. Em situações como essas, os desonestos, os poderosos, os violentos, os ousados instauram uma dinâmica de poder a qualquer custo, da riqueza e do prestígio por todos os meios e do interesse pessoal acima de qualquer outro.

O argumento central da teoria política de Maquiavel, que significou um rompimento com o pensamento cristão ortodoxo da “Grande corrente do ser”, é a falta de articulação, coerência e hierarquia entre as diferentes dimensões da existência humana.
Para ele, não existe um conjunto de virtudes igualmente válidas para todas as esferas da vida (família, sociedade, política, economia etc). Em outras palavras, o que é virtude numa esfera pode não ser virtude em outra.

Não foi Maquiavel quem criou esta “armadilha existencial”, por meio da qual uma virtude pessoal pode transformar-se em malefício público e inversamente, um malefício público pode se tornar numa virtude privada. Esta, segundo ele, é a real condição da natureza humana. Esta é a realidade da vida – não a vida que desejaríamos, mas a vida como ela é, e Maquiavel dedica-se a explicar a política apenas e exclusivamente na vida real.

A economia visa a riqueza; a política visa o poder; a família visa a sobrevivência; a religião visa a salvação em outra vida; a vida social visa o prestígio e admiração. Ao buscar o objetivo próprio de uma dessas esferas o indivíduo se afasta do objetivo próprio de outra. Assim, ao procurar dar à sua vida um objetivo ético o indivíduo é absolutamente fiel à palavra empenhada. Ao transferir este objetivo para a vida política, ele vai prejudicar seu principado pois seus rivais não hesitarão em não manter a palavra que empenharam.

Por isso, um governante prudente não deve manter sua palavra, quando fazê-lo for contra o seu interesse e, quando as razões que o fizeram comprometê-la não mais existirem. Se os homens fossem bons, este preceito seria errado e condenável, mas, como eles são maus e não honrarão as suas palavras com você, você também não está obrigado a manter a sua para com eles.” (Maquiavel – O Príncipe Cap. XVIII)

Tornava-se assim impossível para Maquiavel a existência de uma mesma ética, aplicável com igual validade, à esfera familiar e à esfera política. Cada uma delas tem uma lógica própria. O que é benefício numa pode ou não ser benefício em outra. Na política fundamentalmente, a disjuntiva ocorre entre vida privada e vida pública.

O cidadão comum continua cultivando os valores da vida privada, acreditando que devam ser os mesmos para regular a vida pública, enquanto o político e o governante são forçados a administrar aquela inevitável contradição.

É nessa diferença que reside a ambiguidade da política para o cidadão comum, e a sua tendência de encará-la de maneira negativa e pejorativa.

A atualidade de Maquiavel e a aplicabilidade de suas ideias, recomendações e advertências, depende então do grau em que um sistema político logrou subordinar a articulação dos interesses e a competição pelo poder a regras legais válidas, legítimas e executáveis que, ao estabelecer limites ao conflito, assegurem a civilidade política. Em outras palavras, um sistema em que quem governa são as leis e não os indivíduos.

Ao longo da história ocidental, o estado de direito e a democracia contêm as instituições mais avançadas para a promoção e defesa da liberdade, para a moderação dos conflitos e para a preservação da civilidade nas relações sociais.
 *Francisco Ferraz é professor de Ciência Política da UFRGS e diretor-presidente do site Política para Políticos: www.politicaparapoliticos.com.br