Analisando pesquisa recente do IBOPE, encomendada pela CNI, a leitura é inequívoca, a população saiu as ruas para que efetivamente houvessem ações pontuais, pois o principal motivo que fez a população participar das manifestações é obter mais investimentos em saúde (apontado por 43% dos entrevistados). Outras razões seriam: contra a corrupção (35%), mais segurança pública (20%) e contra a inflação (16%).
De uma relação com 25 opções, os entrevistados selecionaram os três principais problemas do Brasil. Para a população brasileira, o principal problema é, de longe, a Saúde. Essa opção foi assinalada por 77% dos entrevistados. Na sequência têm-se, educação (com 39%), segurança pública/violência (38%), drogas (29%) e corrupção (27%).
As estratégias e diálogos político partidários passam longe do anseio da população, isso é uma agenda eminentemente interna, mas insistentemente os Partidos tentam impor, mas o movimento forçosamente deve ser inverso, irem ao encontro destas demandas.
Mais de 30% da população desaprova completamente as respostas dos governos - federal, estadual e municipal, as reivindicações.
Reunião da presidente Dilma Rousseff com governadores e prefeitos de capitais do país |
A avaliação da atuação dos governos e do Congresso em resposta às manifestações não foi positiva. Mais de 30% da população desaprova totalmente as ações dos três níveis de governo (presidente, governador e prefeito) e do Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputados).
Transformando a avaliação em uma escala de 0 a 10 (considerando apenas as respostas válidas), a presidente Dilma recebe a maior nota média: 4,0. A Câmara dos Deputados tem a pior nota: 2,8.
Oitenta e nove por cento dos brasileiros são a favor das manifestações populares que tomaram conta do país durante a Copa das Confederações. Embora 84% não tenham participado dos protestos, apenas 9% da população é contrária às manifestações.
“Quanto maior a idade do entrevistado, mais alto o percentual de marcações contrárias às manifestações. Entre os com 50 anos ou mais, 15% são contra”, diz a pesquisa. A posição contrária também é maior entre os com menor grau de instrução e com menor renda familiar. Entre os entrevistados com até a 4ª série do ensino fundamental, 17% disseram ser contrários às manifestações. Entre os que ganham até um salário mínimo, o percentual é de 16%.
A pesquisa revela também que 34% dos brasileiros pretendem participar caso haja novas manifestações.