Meu compromisso é com Santa Catarina

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segunda-feira, 28 de março de 2011

OPINIÃO

Investir na juventude é mudar o presente e pensar o futuro

"No Brasil, ser jovem ainda é, para muitos, um problema. Precisamos, com políticas públicas de educação, saúde, cultura e lazer, transformar a juventude em solução"


Em fevereiro, o Ministério da Justiça divulgou um relatório sobre o mapa da violência no Brasil.


O documento apresenta dados de todo o país divididos em três grandes áreas: homicídios, transporte e suicídio. Os números analisados que embasam o relatório são do período de 1998 a 2008 e nos conduzem a reflexões e preocupações, em especial com nossa juventude.


O Mapa da Violência aponta como propulsores da violência o processo de desconcentração econômica e o aparecimento de pólos de crescimento no interior dos estados. Ou seja, é preciso pensar o crescimento de município e região acompanhado de políticas de segurança pública. Há cinco ou seis décadas, aproximadamente, as epidemias e doenças infecciosas eram as principais causas de morte entre os jovens.


Hoje, há uma mudança radical da causas de morte: nossos jovens estão morrendo, principalmente, devido aos acidentes de trânsito e homicídios. Para que tenhamos uma ideia, destaco o dado que aponta o Brasil como o sexto país do mundo que mais vitimiza jovens por homicídio, ficando atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Venezuela, Guatemala e Ilhas Virgens. O aumento do número de homicídios é impactante: duas vezes e meia mais homicídios são cometidos contra jovens do que nas demais faixas etárias. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o número de acidentes cresceu 56%. Ainda no RS, 73% das causas de morte entre os jovens são externas (65% destes são decorrentes de violência). O número de homicídios entre os jovens gaúchos cresceu 60%. Porto Alegre aparece entre as capitais em que o número de homicídios aumentou significativamente: 63%. Entre os jovens, 40% de aumento. Isso torna a capital gaúcha como a nona mais violenta do Brasil. No trânsito, o número de mortes entre os jovens subiu 20%, mesmo com o Novo Código de Trânsito e com inúmeras campanhas de conscientização.


Quanto ao medo, 79% dos brasileiros têm muito medo de assassinato; 74% de assalto à mão armada; 69% de arrombamento; e 49% de agressão física. Como consequência desse cenário, temos, no Brasil, um sistema carcerário cuja população é majoritariamente jovem. E, com a situação precária dos presídios, os jovens não são recuperados e sua reinserção social fica comprometida.


Ou seja, não impedimos que jovens entrem para o mundo do crime e, quando aprisionados, não temos capacidade de recuperá-los, devolvendo a eles sua cidadania e uma vida com expectativas. Neste cenário de guerra, cada um de nós é vítima. Precisamos dar expectativas para essa geração de garantia de desenvolvimento e crescimento em um país justo, digno e mais igual para todos.


No Brasil, ser jovem ainda é, para muitos, um problema. Precisamos, com políticas públicas de educação, saúde, cultura e lazer, transformar a juventude em solução. esse será um dos nossos desafios à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.


Do site Congresso Em Foco

sexta-feira, 18 de março de 2011

POR UMA SÉRIA POLÍTICA DE JUVENTUDE

É muito imprudente acharmos que todas as respostas de demandas sociais serão resolvidas mediante loteamento de espaços através de cotas. Quanto a juventude que está cada vez mais distante de uma participação na vida política do país, creio que é preciso incrementar as ações partidárias para que o jovem se sinta atraído a exercitar sua cidadania.

Hoje inexiste qualquer projeto partidário, em qualquer sigla no país, para este segmento, ocorre que a tendência deste afastamento na militância vai se agravar, e teremos um alto preço a ser pago num futuro próximo, as eleições tem revelado o crescente aumento de abstenções e votos em branco.

Só falta agora o projeto ser discutido e construído com seriedade e praticidade dentro dos partidos. Fala-se em erigir bandeiras que os partidos aproximem-se dos setores da sociedade, de que os segmentos devem ter atenção como forma de reconquistar um espaço que a cada dia está minguando entre os brasileiros, que é a confiança nos Partidos Políticos.
Cotas para jovens é besteira, precisamos sim de espaços para auxiliarmos na construção de políticas públicas efetivas para a juventude, uma reforma séria no movimento estudantil, dilacerado pela manipulação e aparelhamento. É lamentável constatar que se há renovação de políticos jovens é fruto majoritariamente de feudos ou castas familiares.
O debate está aberto, vamos produzir sem fórmulas segregadoras ou de ocasião.